sexta-feira, agosto 22, 2008 

O estranho mundo do futebol - Andrés D'Alessandro


Ego e criatividade são duas características que andam de mãos dadas no mundo do futebol, se as elevarmos a um nível alto sobressai à cabeça um nome, Andrés D'Alessandro. 'El Cabezón', alcunha pela qual é conhecido, tem tanto de espectacular como de irreverente. Começou há dez anos a carreira deste globetrotter do futebol moderno, em 1998 ascendeu ao plantel principal do River Plate onde permaneceu até 2003, altura em que o Wolfsburgo da Alemanha decidiu desembolsar 9 milhões de euros pelo génio do drible. Chegou à Europa rotulado de craque e visto como um possível sucessor de Maradona mas a vida não tem sido fácil para Andrés. Durou apenas dois anos e meio a aventura alemã, sentindo-se incompreendido entrou em rota de colisão com o treinador e a solução passou por um empréstimo ao Portsmouth. Chegou ao clube em Janeiro de 2006 e conseguiu maravilhar o treinador do 'Pompey', Harry Redknapp, mas as suas exibições levaram-no até Espanha, mais concretamente ao Saragoça. No clube espanhol não foi feliz, apesar de ter actuado em 50 jogos em época e meia o seu ego veio novamente ao de cima. Eternamente incompreendido, D'Alssandro quase chegou a vias de facto com Pablo Aimar, seu colega de equipa, e até com o Treinador Victor Fernandéz. Decidiu regressar à Argentina em 2008 para participar na Taça dos Libertadores actuando pelo San Lorenzo. Actualmente joga pelo Internacional de Porto Alegre, clube ao qual chegou com pompa e circunstância sendo mesmo o jogador mais bem pago no Brasil!

O cartão de visita deste jogador é mesmo a facilidade que encontra em livrar-se dos adversários sendo-lhe mesmo atribuida a invenção de um drible ao qual chamam 'la boba'. Alia ao seu drible a visão de jogo superior e a precisão do seu pé esquerdo, mais em passes curtos que em longos, para que possa criar os movimentos ofensivos da sua equipa. Para que se possa compreender o futebol de D'Alessandro, é necessario atribuir-lhe alguma liberdade para que possa criar muito mais do que destruir, daí que a sua aventura no futebol cada vez mais táctico da Europa não tenha resultado tão bem.

Se Andrés D'Alessandro conseguisse aliar a magia do seu futebol a alguma estabilidade concerteza teríamos aqui um jogador para pisar outros palcos.

Nome completo: Andrés Nicolás D'Alessandro
Local de nasc.: Argentina
Posição: Nº10
Altura: 1,68m

AS

sexta-feira, outubro 05, 2007 

Olhando o futuro - Nuri Sahin



Se procuram um organizador de jogo com grande potencial futuro o nome a reter é Nuri Sahin. Pertence aos quadros do Feeyenord, da Holanda, onde chegou, esta época, envolto em grande entusiasmo. No ano de 2005 fez o seu primeiro jogo como sénior pelo Borussia de Dortmund com apenas 17 anos, tornando-se o mais jovem de sempre a estrear-se na Bundesliga, e guiou a selecção turca de sub-17 durante a excelente campanha no mundial realizado no Perú. Em dois anos na Alemanha, seu país natal apesar de ter nacionalidade turca, realizou 47 partidas apontando um golo. As suas exibições e evolução permitiram que chegasse à selecção AA da Turquia.
Nuri joga preferencialmente na posição 10, onde faz uso do seu pé esquerdo para organizar jogo, rasgar defesas com passes teleguiados ou atirar forte à baliza, opções nunca faltam a este prodígio. A elegância com que pisa os relvados levando sempre a bola colada ao pé faz-nos pensar que estamos na presença de um nº10 à antiga. Por outro lado a sua capacidade de explosão e dribles promoveram comparações com o brasileiro Robinho. De acrescentar o seu voluntarismo quando toca a defender não se coibindo de correr atrás da bola em prol da equipa.
A Turquia anseia por um jogador de classe mundial, depois do mágico Emre, fustigado por lesões e castigos, parece ser o jogador certo para recuperar a fantástica Turquia do mundial de 2000.

Nome: Nuri Kazim Sahin
Nacionalidade: Turca
Nascimento: 1988-09-05 (19 anos)
Naturalidade: Lüdenscheid - Alemanha Alemanha
Posição: Médio
Altura: 180 cm
Peso: 65 kg

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segunda-feira, outubro 01, 2007 

O estranho mundo do futebol - Sérgio Leite


Sérgio Leite é um dos muitos casos estranhos no mundo do futebol. A qualidade que sempre mostrou em campo, principalmente com a camisola das selecções jovens vestida, não lhe permitiu, até ao momento, actuar em clubes que lutem por objectivos ambiciosos. Presença entre os postes, defesas espectaculares, excelentes reflexos e até um bom jogo de pés são os principais atributos deste guarda-redes de 1.80 m. Na memória de muitos adeptos deve ainda pairar uma assombrosa actuação de Sérgio Leite, em Faro, frente a Espanha, que garantiu o apuramento para o Europeu de sub-21.
Apesar de tudo, Sérgio Leite nunca deu o salto para um grande clube. Formado no Boavista, o guardião nunca encontrou o seu espaço na equipa principal, sobretudo devido ao grande número de guarda-redes que o clube do Bessa teve nos seus quadros (William, Khadim, Ricardo, Laurentino, Pedro Albergaria…). Para jogar com regularidade Sérgio Leite saiu e, por empréstimo, actuou em alguns clubes da IIª Liga: Maia, Sporting de Espinho, Penafiel e Leça. Seguiu-se uma passagem pelo Charlton, onde conquistou o título de campeão de reservas. Poderia ser o trampolim para um clube de maior nomeada, porém, na época seguinte, o guarda-redes voltou a Portugal, para defender as cores do Leça. Uma temporada depois consumou-se o regresso a Inglaterra, para o Hull City, onde não atingiu os sucessos da sua anterior passagem por terras de Sua Majestade.
Hoje, com 28 anos, Sérgio Leite deu um novo rumo à carreira. Depois de ter representado o F.C. Vaslui, encontra-se agora no Brasov, ambos emblemas da Roménia
Dificilmente a carreira deste espectacular guarda-redes atingirá o nível que merece. São as incongruências e contingências do futebol. A sorte também faz parte do jogo e a Sérgio Leite possivelmente terá faltado a estrelinha.

Nome: SÉRGIO Barbosa Dias LEITE

Idade: 28 anos

Posição: Guarda-redes

Altura: 1.80 m

Clube actual: Brasov (Roménia)


JM

sexta-feira, setembro 28, 2007 

Destaque - Bruno Alves


Há duas épocas atrás Bruno Alves era visto como uma esperança do futebol português, cuja impulsividade e dureza poderiam desviá-lo de uma carreira de sucesso. Com a chegada de Jesualdo Ferreira ao FC Porto, na época passada, agarrou a titularidade e ao lado de Pepe formou uma defesa de aço, destruindo por completo essa imagem negativa que carregava sendo deveras importante na conquista do título de campeão nacional. Bruno Eduardo Regufe Alves é agora o patrão da defesa dos dragões, revelando-se muito seguro e concentrado nas acções defensivas onde impõe o seu sentido posicional e poderio físico, 1 metro e 87 de altura, para ganhar os lances aos seus adversários. De destacar, de resto, a importância que este tem nos lances ofensivos de bola parada onde se destaca o seu ponto forte, o excelente jogo aéreo.
Bruno Alves merece, de facto, este destaque pelo que tem feito no passado recente do Porto e também pelo importância que lhe foi atribuída por parte do seleccionador nacional, Luís Felipe Scolari.

Nome completo: Bruno Eduardo Regufe Alves
Data de nasc.: 27 de Novembro de 1981 (25 anos)
Clube actual: Porto
Posição: Defesa Central

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segunda-feira, agosto 20, 2007 

Onde está Márcio Sousa?



Campeão Europeu Sub-17 em 2003 e visto como a maior promessa do grupo de jogadores nacionais, Márcio Sousa, vive hoje dias de incerteza. Dispensado do Vizela, clube ao qual está ligado até ao final da presente temporada, procura clube para jogar com regularidade.
Dono de um pé esquerdo fantástico, foi decisivo para a conquista do Europeu com 2 golos apontados na final frente à Espanha. Técnica individual acima da média, excelente visão de jogo e remate forte formavam o cartão-de-visita do 'Maradona Português'. Ao contrário de grande parte dos jogadores do grupo não explodiu e a sua carreira cai a pique. Contam-se passagens pela equipe B do FC Porto, pelo Sporting da Covilhã e Vizela, procura-se rumo para um grande talento.

Nome: Márcio Daniel Ribeiro Sousa
Clube Actual: Vizela
Posição: Médio ofensivo
Data de Nascimento: 23.03.1986


AS

quinta-feira, novembro 30, 2006 

Estrelas que cintilam – Arteta


Saído das escolas do Barcelona, onde o seu valor nunca foi considerado, e com passagens extremamente proveitosas pelo PSG (2000-2002), Glasgow Rangers (2002-2004), Real Sociedad (até Janeiro de 2005) e Everton, clube que ainda representa, Mikel Arteta é um futebolista de fino recorte, de qualidade indiscutível e que deixa, jogo após jogo, a sensação de merecer outros voos e um clube que lute pelos principais objectivos.
Com 24 anos o espanhol atravessa uma grande fase da carreira. Embora descaia um pouco para a direita do meio-campo do Everton, Arteta tem todas as características de um organizador: enorme classe, visão de jogo, precisão e timming certo dos passes que efectua com o seu pé direito, sentido posicional, para além da aptência para cobrar lances de bola parada.
O número 6 já leva 14 jogos disputados, tendo marcado dois golos. Deveria ser seguido com atenção pelos grandes emblemas da Europa.

JM

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quarta-feira, novembro 29, 2006 

Destaque - Katsouranis


Quando Katsouranis chegou ao Benfica muitos se perguntavam sobre o real valor deste médio grego, se seria capaz de lutar por um lugar no onze titular com Petit e Manuel Fernandes – na altura ainda no SLBenfica- e agora parecem dissipadas essas dúvidas, tem ganho uma grande preponderância na equipa e os seus 4 golos fazem dele o melhor marcador dos encarnados na Liga Bwin.
Katsouranis destaca-se pela sua leitura de jogo, não sendo propriamente um jogador dado a grandes correrias, é muito comum vê-lo no caminho do esférico recuperando imensas bolas, da mesma forma que lhe permite aparecer muitas vezes na zona de finalização.
De salientar, também, a sua importância nos lances de bola parada, move-se inteligentemente na multidão para depois antecipar-se à defesa contrária usando o seu bom jogo aéreo que o torna quase num farol quando se lançam bolas para a área.
O seu nível exibicional não revela grandes oscilações, se bem que o grego poderia render mais jogando sozinho dado que não sendo um jogador com características idênticas às de Petit, é penoso ver por vezes a falta que faria um transportador de jogo na equipa para além de Nuno Assis.
Mantendo este nível, Katsouranis arrisca-se a ser uma das figuras deste nosso campeonato.

AS

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quinta-feira, novembro 23, 2006 

Portsmouth tem brilhado


Na presente edição da sempre competitiva Liga inglesa há uma equipa que merece especial destaque, não só pelo bom futebol que tem apresentado, mas, sobretudo, pelo fantástico 3º posto ocupado até ao momento. Falamos do Portsmouth, treinado por Harry Redknapp.
Se no banco está um técnico com grande experiência e conhecimento, no plantel passa-se o mesmo, com a presença de alguns jogadores que dispensam apresentações e que continuam a dar nas vistas em terras de Sua Majestade.
Construído em 4-4-2, o Portsmouth tem qualidade de sobra em todos os seus sectores. David James é o guardião que joga atrás de uma defesa forte e coesa constituída por Glen Johnson (emprestado pelo Chelsea) na direita, os sólidos Primus e Sol Campbell, que formam uma enorme barreira no centro e o capitão Stefanovic na esquerda.
No meio-campo as opções são mais que muitas e todas de qualidade insuspeita. Pedro Mendes tem sido fundamental e quase intocável, bem como Gary O'Neil e Taylor, que descaem para os flancos. No apoio ao ataque a escolha tem recaído em Niko Kranjcar e Sean Davis. Mas as opções para a intermediária não se ficam por aqui, já que Manuel Fernandes, David Thompson, Koroman e Douala – estes dois últimos prejudicados pelo esquema - também são jogadores a ter em conta.
No ataque mais do mesmo: qualidade a rodos. O nigeriano Kanu (8 golos) e o zimbabuano Benjani Mwaruwari (3 golos) têm dado boa conta do recado. Porém, prontos para lhes roubar a titularidade e alvejar as balizas contrárias estão LuaLua (2 golos), Todorov (2 golos), o eterno Andy Cole (2 golos) e Mornar.
Pela qualidade dos intérpretes, beleza do seu futebol e pelo que está a fazer na premiership o Portsmouth é uma equipa que merece ser seguida com grande atenção.

JM

quarta-feira, setembro 27, 2006 

Olhando o futuro - Leandro Lima


“Um jogador não faz uma equipa” é esta a máxima que se pode aplicar ao São Caetano do Brasil, apesar de contar com alguns jovens talentosos, caso de Elton, Tardelli ou Dinélson, o Azulão tem feito um percurso titubeante no Brasileirão 2006/2007.
A juntar a estes jovens talentos temos a revelação da equipa esta época, directamente dos escalões de formação, Leandro Lima (á esquerda na foto) tem tentado lutar contra a má onda de resultados do clube.
Leandro é um criativo que aos 18 anos conseguiu conquistar o seu espaço na equipa revelando um assinalável acerto com as redes contrárias, leva 7 golos no campeonato e é o segundo melhor marcador da equipa. Actua preferencialmente nas laterais onde as trocas de flanco com Élton são constantes, bem como os movimentos para o centro do terreno para organizar jogo, e quando os dois se entendem é um espectáculo para os olhos mas um quebra-cabeças para os defesas. Apesar de ser um virtuoso e praticamente imparável no um para um é normal vê-lo optar por uma linha de passe segura demonstrando uma maturidade assinalável. O seu pé direito é outro factor a ter em conta, seja para organizar jogo ou para aplicar o seu forte remate, Leandro revela muita inteligência no último terço de terreno juntando em perfeita simbiose a sua velocidade, capacidade de rombo e finalização.
Para já conta com um lugar cativo na selecção de sub-20 brasileira de onde esperemos possa dar o salto para a categoria superior, Leandro tem tudo para dar certo mas como no Brasil nascem craques todos os dias…


Posição:Médio Ofensivo
Nascimento:19.12.1987
Idade:18 anos
Altura:1.76m
Peso:69 Kg
Clube: São Caetano (BR)



AS

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quinta-feira, setembro 21, 2006 

Olhando o futuro - Vieirinha


O nome Adelino Freitas pode não nos dizer nada, mas quando falamos em Vieirinha lembra-nos imediatamente do fantástico chapéu que lançou a Selecção Nacional sub-17 para a vitória no campeonato europeu da categoria no ano de 2003.
Foi precisamente no Verão de 2003 que Vieirinha se mostrou pela primeira vez ao grande público nesse campeonato onde pontificaram jogadores como Manuel Fernandes, Moutinho, Paulo Machado ou Márcio Sousa, ficando-nos na retina um pequeno extremo direito de cabelo loiro que poderia ter grande futuro.
Veirinha cumpriu pé ante pé todas as fases de desenvolvimento nas escolas do F.C Porto e este ano foi mesmo o único produto das camadas jovens dos dragões a integrar os trabalhos de pré-época do plantel sénior.
Co Adriaanse ficou espantado com a qualidade do extremo, nomeadamente com a facilidade que Vieirinha tem em deixar adversários para trás. Praticamente imparável no 1 para 1 procura a linha de fundo para fazer uso da sua boa capacidade de cruzamento.
A baixa estatura confere-lhe um centro de gravidade muito baixo maximizando o seu poder de arranque e viragem, é portanto um típico extremo à portuguesa, uma máquina de fazer a cabeça em água aos defesas contrários. O seu poder de desmarcação permite-lhe aparecer bem nas costas da defesa onde depois pode fazer uso do seu bom remate. Dada a sua virtude técnica muito acima da média é natural vê-lo tentar tirar adversários da frente quando por vezes tem linhas de passe objectivas e fáceis.
Adelino Freitas é já assíduo nas convocatórias para a selecção nacional sub-21 e continuando o caminho natural é provável que em pouco tempo o vejamos na selecção AA.

AS

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sexta-feira, setembro 15, 2006 

Olhando o futuro – Elton


Conquanto esteja a protagonizar um Brasileirão titubeante, onde ocupa a 18ª posição, o São Caetano, vice-campeão brasileiro em 2001 e campeão Paulista em 2004, tem nas suas fileiras alguns jogadores de grande qualidade.
Elton (à direita na foto) é um desses casos. O jovem de 20 anos, formado nas “categorias de base” do Corinthians, é agora uma das grandes figuras do azulão. Baixinho e sempre com penteados algo extravagantes, Elton é um prodígio com a bola nos pés.
Médio ofensivo que corre o campo em toda a sua largura, tem um papel decisivo na construção dos lances de ataque do São Caetano.
Quando cola a bola ao seu pé esquerdo parte para cima dos adversários sem qualquer receio, utilizando uma infindável panóplia de fintas e simulações. Por vezes excede-se nas jogadas individuais, mas é de imediato perdoado pelos colegas e adeptos quando tira da cartola uma assistência ou um golo de génio. Partindo dos flancos, Elton flecte amiúde para o centro para testar o seu forte e colocado pontapé. Também na marcação de lances de bola parada o camisola 10 do emblema Paulista é temível.
Um jogador a seguir com atenção e que pode a breve trecho tornar-se em mais uma grande figura do futebol brasileiro.

JM

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terça-feira, setembro 12, 2006 

Olhando o futuro - Yannick Djaló


Originário da Guiné Bissau chegou a Portugal e instalou-se na Covilhã, ai envergou durante 3 anos a camisola do A.D. Estação clube onde despertou a cobiça do Sporting C.P.. Há 5 anos foi indicado ao Benfica mas o excesso de estrangeiros na ‘cantera’ dos encarnados abortou o seu ingresso no clube, assim o outro grande da 2ª circular não hesitou e por 2550€ trouxe-o para Lisboa e tratou de formar mais uma grande esperança do futebol nacional.
Depois de uma boa época ao serviço do Casa Pia A.C. mostrou-se ao público no Torneio Internacional de Toulon em França envergando as cores nacionais pelo escalão de sub-20 e daí até fazer parte dos planos de Paulo Bento para a pré-época do clube leonino foi um pequeno passo.
Exibindo-se a bom nível nos jogos já disputados pelos leões mostra uma boa eficácia na finalização, tendo inclusive arrecadado o prémio de melhor marcador do Torneio do Guadiana, e parece capaz de competir com Alecsandro, Douala ou Bueno por um lugar no onze de Paulo Bento.
É no centro da área que Yannick se sente bem mas abre muito bem as alas, partindo de fora para dentro e fazendo uso da sua capacidade de explosão semeia perigo nas defesas contrárias, com a bola nos pés de frente para os defesas e em velocidade é como uma seta apontada à baliza contrária denotando também uma boa capacidade nos espaços mais reduzidos onde demonstra toda a sua técnica individual e panóplia de fintas no 1 para 1 que não se coibe de usar apesar da sua aparente fragilidade física.
Por vezes perde-se um pouco em dribles inconsequentes próprios da sua juventude e técnica acima da média mas nada que o tempo e trabalho não curem.
Esperemos que a tradição portuguesa de elevar jovens talentos a génios futebolísticos que por alguma razão se quedam pelo nível médio não se faça lei, Djaló é um avançado que tem algo a dar ao futebol nacional.

AS

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terça-feira, setembro 05, 2006 

Olhando o futuro - Hélder Barbosa


No mesmo campeonato europeu sub-17 de onde saltaram para a ribalta Manuel Fernandes, João Moutinho ou Vieirinha começava também a dar nas vistas um dos mais jovens membros desse grupo, Hélder Barbosa.
Aos 19 anos conta já com algumas presenças na equipa principal do F.C. Porto tendo-se sagrado campeão nacional na época transacta. Com a extinção da equipa B dos Azuis e Brancos e o excesso de extremos no plantel a melhor solução passa por um empréstimo à equipa da Académica onde poderá jogar mais assiduamente.
Hélder é a irreverência pura, um jogador que com a sua tenra idade já encanta plateias mostrando toda a sua valia técnica, dribla os adversários com facilidade com fintas curtas ou longas procurando depois a linha de fundo para mostrar mais um dos seus pontos fortes, o seu pé esquerdo. Sendo um esquerdino puro marca a diferença para com os outros extremos portugueses na ribalta, Ronaldo, Quaresma, Simão ou mesmo Vieirinha, podendo a médio prazo colmatar um dos défices da selecção nacional já que desde Futre que não nasce no nosso futebol um excelente extremo esquerdo de raiz. Os cruzamentos desferidos pelo seu pé esquerdo raramente saem sem destinatário o mesmo acontecendo com os seus remates, o jovem extremo da briosa tem uma boa relação com as redes contrárias e a comprová-lo está o seu percurso nas camadas jovens tanto da selecção como do seu clube e o fantástico golo que marcou na primeira jornada da liga Bwin.
Hélder parece ter tudo para dar certo e como os senhores do FCP não dormem em serviço em pouco tempo teremos mais um jogador de selecção.

AS

quinta-feira, julho 20, 2006 

Estrelas que cintilam – Jorge Wagner


O seu nome foi ventilado neste defeso para reforçar algumas equipas europeias –entre as quais o Sporting- mas Jorge Wagner permanece no Internacional de Porto Alegre, onde é uma peça absolutamente fundamental no xadrez colorado.
Jorge Wagner, 27 anos, é um lateral-esquerdo de enorme categoria. Muito importante nas transições ofensivas e defensivas da equipa gaúcha e competente nas tarefas defensivas, confere grande tranquilidade ao sector recuado. Quando sobe pelo seu flanco causa invariavelmente calafrios nos adversários, provocando desiquilíbrios e superioridade numérica ofensiva. Para além de tudo isto Jorge Wagner tem um magnífico pontapé. É do seu pé esquerdo que saem os lances de bola parada da equipa e os seus remates já lhe valeram 24 golos em 94 jogos pelo Internacional.
As passagens pelo Cruzeiro, Corinthians e Lokomotiv de Moscovo fizeram dele um jogador experiente e útil em qualquer equipa.
Jorge Wagner tem ainda a Taça dos Libertadores e o Brasileirão para mostrar as suas credenciais.

Nome: Jorge Wagner Goes Conceição
Nacionalidade: Brasileiro
Posição: Lateral-esquerdo
Nascimento: 17-11-1978
Altura: 1.78m / Peso: 69 Kg
Clube: Internacional de Porto Alegre

JM

sexta-feira, julho 14, 2006 

4-4-2, que futuro para este Benfica?


Com dois jogos de preparação já efectuados, começa a ganhar forma o S.L. Benfica de Fernando Santos.
Sendo a saída de Simão um dado praticamente adquirido e observando a politica de contratações, que visou preferencialmente a zona central do terreno, e estes jogos amigáveis, é o 4-4-2 que se apresenta como táctica preferencial para atacar a época 2006/2007.
Formação utilizada pelo Porto de Mourinho e o Sporting de Peseiro, com resultados assinaláveis diga-se, privilegia a posse de bola e o controlo do jogo, afastando-se do contra-ataque e jogo directo que marcava o Benfica na época transacta.
Tendo em conta o figurino do clube para esta época parece cair que nem uma luva este 4-4-2 losango. Os centrais serão os mesmos prevendo-se uma disputa saudável entre R.Rocha e Anderson, os defesas laterais de cariz ofensivo como o são Nelson e Léo serão muito importantes na manobra ofensiva face à ausência de extremos, será importante que estes sejam rápidos a fazer as subidas de forma a dar profundidade ao ataque encarnado. No meio-campo residem as grandes alterações, quatro jogadores na zona central que se vão dispor em losango, Katsouranis poderá ser o vértice defensivo, o homem que lê o jogo de forma a ocupar de forma inteligente os espaços deixados pela subida dos laterais. Mais à frente jogarão dois médios interiores, muito provavelmente Petit e Karagounis (grego que parece ter encontrado finalmente o seu espaço), importantes na circulação de bola e nas transições ofensivas e defensivas para que a equipa desça e suba em bloco e não tenha desequilíbrios. Mais à frente no meio campo jogará Rui Costa, o homem que pauta todo o jogo, que controla e gere a velocidade e faz o último passe, Rui parece apostado em fazer uma boa época e para já apresenta índices de forma muito interessantes.
No ataque parecem ter vaga garantida Miccoli e Nuno Gomes, dois jogadores que jogam muito bem de costas para a baliza, sendo que o italiano joga muito bem na linha do fora de jogo e o seu poder de explosão poderá ser bem utilizado, e Nuno Gomes terá por fim companhia no ataque que lhe dará mais liberdade de forma a poder aparecer mais frequentemente em zona de finalização.
No banco residem opções muito interessantes: Diego Souza um cabeça de área muito técnico e muito inteligente na ocupação de espaços, Manuel Fernandes que dispensa apresentações é alternativa a Karagounis ou Petit sendo que nos jogos mais difícil o Benfica poderá aparecer com um figurino mais defensivo e ai Manuel Fernandes ou mesmo Beto entrarão nas contas do treinador. Manú e Paulo Jorge são jogadores muito rápidos tal como Manduca e a serem utilizados preferencialmente na alteração do esquema táctico para um 4-3-3. Na frente Marcel é um jogador mais fixo que os dois titulares e caso ganhe índices de confiança maiores poderá ser uma boa aposta em jogos mais físicos, entretanto espera-se a chegada de outro ponta de lança.
O Benfica de 20062007 não deverá andar muito longe disto mas tudo no futebol é relativo, portanto nada como esperar para ver.

AS

quinta-feira, julho 06, 2006 

Olhando o futuro – Bijou


Mesmo sem ter feito uma época espectacular, prejudicado pelo estatuto de extra-comunitário, Bijou (19 anos) deu nas vistas sempre que fez parte do onze do Benfica B. Fernando Santos quis observá-lo mais de perto e levou o jogador a viajar para a Suiça, onde realizará o estágio de pré-época junto do plantel principal.
Sem ser fisicamente forte (1.74m, 68kg) este médio-centro tem um grande pulmão, o que lhe permite jogar 90 minutos ao mesmo ritmo. Na temporada transacta actuou em nove jogos com a camisola do Benfica B (7 como titular e 2 como suplente utilizado). A defender Bijou revela-se bastante inteligente no posicionamento em campo, permanentemente em movimento, cortando as linhas de passe e pressionando imediatamente os adversários. Com um bom pé esquerdo Bijou dá início à construção do ataque, apoiando o seus companheiros nesta fase dos lances e distribuíndo o jogo com qualidade.
O futuro dirá o real valor de Bijou.

Nome: Bijou
Nacionalidade: Cabo-Verde
Posição: Médio
Nascimento: 14/04/1986
Altura: 1.74m / 68 Kg
Clube: Benfica

quinta-feira, junho 08, 2006 

Olhando o futuro - Tiago Gomes


Daúto Faquirá assumiu o comando do Estrela da Amadora e logo se fez rodear de jogadores pouco conhecidos do grande público, mas que merecem toda a sua confiança. Pedro Alves, Paulo Sérgio, Sandro e Sérgio Marquês foram os primeiros a chegar, aos quais se juntam agora Saavedra, Castro e Tiago Gomes.
Saavedra é médio de ataque, com boa visão de jogo e rapidez de execução, tendo actuado quatro épocas no Estoril e uma no Sintrense antes de se mudar para o Barreirense onde foi treinado por Faquirá. Castro é um médio centro muito batalhador, com grande disponibilidade física e com um excelente pontapé.
Tiago Gomes, de apenas 21 anos, é um jogador de grande talento e com um futuro bastante promissor. Organizador de jogo de enorme classe, Tiago Gomes pensa e executa os lances quase que em simultâneo, tomando sempre as melhores opções. Pisa o relvado com subtileza, como que não querendo que se repare nele. Todavia quando do seu pé direito saem os passes fatais que habitualmente executa, é impossível não notar a sua presença.
Para além da excelente visão de jogo e da precisão no passe, Tiago Gomes tem também um pontapé muito forte e colocado, sendo opção para as bolas paradas.
Depois de ter encantado no Oriental, o médio de ataque saiu em Dezembro para o Odivelas. As boas exibições continuaram e provocaram a cobiça de clubes da Liga principal. O Estrela da Amadora adiantou-se e conseguiu o seu concurso por quatro temporadas. Daúto Faquirá tem um diamante para lapidar e Tiago Gomes pode evoluir ainda mais.

Nome: Tiago Gomes
Nacionalidade: Português
Posição: Médio de ataque
Nascimento: 19-08-1985
Altura: 1,75m
Clube: Estrela da Amadora


JM

 

Laranja com muito sumo

É fascinante a qualidade das escolas de formação holandesas. A cada ano que passa sai uma fornada de novos talentos directamente para as principais equipas da Liga, bem como para as selecções do país da túlipas.

As laranjinhas mecânicas

A boa campanha no Euro de Sub-21, coroada com a vitória final, deu a conhecer novos nomes que num futuro próximo poderão estar nas bocas do mundo.
Da baliza ao ataque a qualidade é um atributo que se pode encontrar em todos os jogadores.
Foppe de Haan montou a sua laranjinha em 4-3-3 e os jogadores interpretaram o esquema na perfeição.
Na baliza Vermeer revelou grande segurança entre os postes e enorme aptidão para sair da baliza, anulando o perigo. Nas laterais Emanuelson, na equerda, mostrou as qualidades já verificadas ao serviço do Ájax: disponibilidade e rapidez a subir no terreno e coesão defensiva. Na direita Tiendalli não deu tantos nas vistas como o seu companheiro, mas não enjeitou as possibilidades de subir pelo seu flanco e fechou bem na defensiva. Os centrais Luirink (marcação) e Vlaar (a sobrar) foram melhorando a olhos vistos e terminaram a prova a respirar solidez.
Á frente do quarteto defensivo um grande jogador: Demy de Zeeuw. Um autêntico tampão a jogar à frente dos centrais, muito culto tacticamente e útil a cortar linhas de passe e a executar o primeiro movimento de ataque. A completar o triângulo de meio campo surge o capitão Schaars, visto muitas vezes a fazer a transição ofensiva da equipa, sendo como um elo de ligação entre de Zeeuw e o camisola 10 Ismaïl Aissati, jogador de grande potencial que abriu muitas brechas nas equipas contrárias e serviu na perfeição os seus colegas da frente.
No ataque pontificaramm três futebolistas de altíssima qualidade, três lanças bem afiadas apontadas aos defesas antagonistas. Romeo Castelen, na esquerda e Nicky Hofs na direita, flectindo várias vezes para a zona central, deram rapidez e imaginação ao ataque. A qualidade técnica e a velocidade, em conjunto com as permutas constantes, baralharam, e de que forma, as defensivas adversárias, que ainda tinham de preocupar-se com Klaas Jan Huntelaar, considerado a estrela da companhia. O melhor marcador do Euro 2006 holandês apenas surpreendeu os mais distraídos, uma vez que Huntelaar esteve em foco ao serviço do Ájax, marcando 33 golos no campeoanto holandês. Este ponta-de-lança nunca fica estático à espera que a bola vá ter consigo. Huntelaar recua amiúde no terreno ajudando nas tarefas defensivas e procurando jogo em zonas mais recuadas.

Holanda no Mundial


Se a passagem da Holanda por Portugal no Euro 2006 foi coroada com a vitória final, o que pensar se os sub-21 tivessem contado com os contributos de Robben, Heitinga, Van Persie, Maduro, Sneijder e Babel, ainda com idade para actuarem nos sub-21, porém já convocados por Van Basten para o Campeonato do Mundo.
A convocatória de Van Basten é uma mescla entre a experiência de Van der Sar, Van Bronckhorst, Lanzaat, Cocu, Ooijer e Van Bommel com a juventude e irreverência dos supracitados jogadores.
Ausências como as de Seedorf, Davids, Makaay parecem não abalar o conjunto holandês e o Mundial é uma boa oportunidade para alguns jogadores dizerem adeus aos grandes palcos da melhor forma, enquanto que os mais novos procuram a total afirmação no mundo do futebol.

JM

terça-feira, junho 06, 2006 

Novas potências do futebol?


Concorrendo directamente com as grandes potências futebolísticas, surgem três selecções que têm aparecido plenas de força em importantes competições, são elas a Sérvia e Montenegro, República Checa e Ucrânia.
Os bons resultados alcançados recentemente em torneios como o Europeu de sub-17 e de sub-21, são um bom exemplo do bom trabalho que está a ser realizado na formação nestes países.
No Europeu de sub-17, realizado no Luxemburgo, a República Checa foi finalista vencida (nas grandes penalidades frente à Rússia) e mostrou ter o futuro bem assegurado, com um jogador em foco: Tomáš Necid.
A equipa da Sérvia e Montenegro também participou no torneio, porém a sua prestação foi modesta, ficando-se pela fase de grupos.
No nosso Euro Sub-21 a Sérvia e Montenegro e a Ucrânia foram presenças bastante notadas. Após passarem os respectivos grupos as duas selecções encontraram-se nas meias finais. Os ucranianos venceram no desempate por penalties e o resto da história já todos sabem, na final foi derrotada pela Holanda por injustos 3-0.
Na mente ficam alguns nomes de relevo. Com a camisola da Sérvia e Montenegro Dušan Basta, Nenad Milijaš e Miloš Krasić, entre outros, deram nas vistas.

Os finalistas vencidos também mostraram em Portugal alguns jogadores com grande talento. Três deles estarão, inclusivamente, no Mundial. Os nomes? Pyatov (guarda-redes), Chygrynskiy (defesa) e Artem Milevskiy (avançado).
Estas três selecções estarão igualmente presentes no Mundial. Os servo-montenegrinos contam com uma equipa bastante equilibrada. Do onze base sobressaem Vidic (Man Utd), Dragutinovic (Sevilha), Stankovic (Inter), Djordjevic (Olympiakos), Koroman (Portsmouth), Milosevic (Osasuna) e Kezman (Atlético Madrid).
Os checos mostraram no Euro 2004 toda a qualidade do seu futebol. Karel Bruckner pouco mexeu na convocatória de há dois anos. Desta forma a República Checa deve actuar com: Petr Cech; Grygera, Ujfalusi, Rozenhal, Jankulovski; Galasek, Poborsky, Rosicky Nedved; Baros e Jan Koller.

A Ucrânia é estreante em fases finais, porém foi a primeira selecção europeia a qualificar-se para o Mundial, num grupo assaz complicado onde tinha a concorrência da Turquia, Dinamarca e Grécia. Futebolistas como Shovkovski, Nesmachny, Gusin, Rotan, Voronin, Gusiev, Rebrov e Shevchenko estão prontos para surpreender.
É certo que ainda não venceram nenhuma competição importante, porém futebol dá mostras de grande vitalidade nestes países. Novas potências no futebol europeu?

JM

sábado, junho 03, 2006 

Olhando o futuro – Sérgio Agüero


A vida social na Argentina já viveu melhores dias mas a nível futebolístico atravessa provavelmente a melhor fase pós Maradona, os talentos surgem em catadupa e alguns desse jovens já baralham as contas do selecionador nacional Pekerman. Messi e o guarda-redes do Indepiendente Oscar Ustari, convocados para o Mundial de 2006, são o exemplo máximo de como trabalha bem a Argentina a nível da juventude.
Apesar de todo o apelo popular e até de Maradona, José Pekerman decidiu não levar aquele que é considerado por muitos o melhor jogador a actuar na Argentina, Sérgio Lionel Agüero de seu nome e El Maravilla Kun de alcunha, ao campeonato do mundo de 2006.
Com 18 anos feitos no passado dia 2 de Junho conta já com alguns feitos no currículo: foi campeão do mundo de sub-20 em 2005, recebeu o prémio revelação argentina no mesmo ano e detém o record de jogador mais novo a estrear-se na liga profissional de futebol do seu país, com apenas 15 anos fez o seu primeiro jogo como sénior pelo Indepiendente. Agüero tem vindo a construir-se como jogador tecnicamente muito evoluído ,como qualquer bom avançado do país das pampas, é conhecido pelas dores de cabeça que dá aos defesas contrários. A nível psicológico é muito forte, mostrando grande determinação e coragem na forma como aborda o seu marcador, apesar de ser um jogador baixo, 1,72 m de altura, enfrenta-os com muita confiança driblando-os com uma velocidade alucinante, livrando-se assim dos defesas e fazendo parecer a arte do futebol muito fácil. Nos últimos 30 metros é extremamente perigoso, alia a esta velocidade uma panóplia enorme de dribles e diabruras que fazem lembrar o desenho animado japonês Kun Kun, daí a sua alcunha, e um pé direito muito eficaz, que dispara remates fortes e colocados. É, portanto, um jogador explosivo e empolgante que nos faz lembrar o verdadeiro sentido da palavra "olé".
Pretendido e seguido por muitos dos grandes emblemas do futebol europeu, acabou por se vincular ao Atlético Madrid pela quantia de 20 milhões de euros. Antes de assinar pelo clube espanhol Kun Agüero apontou 9 golos em 19 jogos do torneio clausura da Argentina demonstrando então a facilidade que tem em ultrapassar os guarda-redes contrários.
A expectativa à volta de Sérgio Agüero é muita, esperemos que consiga ambientar-se ao futebol espanhol rapidamente para vermos mais assiduamente este talento emergente vindo directamente do país das pampas.

AS

sexta-feira, junho 02, 2006 

Estrelas que cintilam - Franck Ribéry


Eis um dos melhores jogadores franceses da actualidade. Franck Ribéry, de 23 anos, é um nome a ter em conta no futuro próximo. O médio-ala do Marselha é um futebolista magistral que dominou as atenções na Ligue 1 francesa e levou ao delírio os adeptos do Olympique.
Vindo do Norte de França, Ribéry nem sempre foi feliz no mundo do futebol. Depois de alguns anos nos escalões de formação do Lille, passou pelas divisões inferiores em clubes como o Boulogne-sur-Mer, Alés e Brest. Em 2004, Jean Fernandez, então treinador do Metz, viu em Franck Ribéry as qualidades suficientes para singrar no principal escalão. Em Metz Ribéry deu razão ao técnico e fez uma época de bom nível, mas acabou por ser prejudicado pelo seu carácter intempestivo, que o levou a sair para a Turquia, onde representou o Galatasaray. Não baixou o bom rendimento em terras turcas e voltou ao seu país, para representar o seu actual clube. Em Marselha Ribéry mostrou estar mais maduro e provou toda a sua categoria.
A cara de poucos amigos, acentuada pela longa cicatriz que tem na face, causada por um acidente de automóvel que lhe ia ceifando a vida ainda na infância, parece, por si só, assustar os adversários. Porém Ribéry utiliza incontáveis atributos para mostrar todo o seu potencial.
Embora jogue bem com os dois pés, a forma como o seu pé direito comunica com a bola é algo de fantástico e no último passe o jogador é simplesmente fatal. Seja no lado esquerdo, no centro ou na direita o francês inventa em cada jogada uma nova razão para se gostar de futebol. Com um centro de gravidade baixo (1,70m), o francês alia de forma perfeita a velocidade estonteante a uma técnica apurada criando enormes dores de cabeça a quem tem a penosa missão de o marcar. Poderoso no drible e diabólico no um para um, Ribéry cruza e remata de forma fantástica.
Em 33 jogos realizados esta época (2882 minutos contabilizados), Ribéry marcou 6 golos e fez 5 assistências. A magnífica prestação no campeonato valeu-lhe a convocatória de Raymond Domenech para o Mundial 2006, deixando de fora nomes como Ludovic Giuly e Robert Pires.
Franck Ribéry poder-se-á mostrar a todo o Planeta no Campeonato do Mundo, contudo, mesmo que tal não aconteça, o médio gaulês deve ser seguido com muita atenção.

Nome: Franck Ribéry
Nacionalidade: Francês
Posição: Médio-ala
Nascimento: 01-04-1983
Altura: 1,70m / Peso: 62 Kg
Clube: Olympique de Marselha

JM

quinta-feira, junho 01, 2006 

Olhando o futuro - Élder Granja


Está a caminho do futebol europeu mais um dos bons laterais do futebol brasileiro, Élder Granja é um dos jogadores mais cobiçados do campeonato brasileiro e diz-se que é quase certa a sua partida para o futebol alemão.
Depois de ganhar a confiança da dificil torcida do Internacional de Porto Alegre, Granja vem-se afirmando como um dos activos mais importantes do Colorado. Actuando preferencialmente a defesa direito impressiona pela forma incisiva com que enceta as suas acções ofensivas, fazendo uso da finta curta e da sua velocidade abre autênticas auto-estradas pela ala direita. O lateral do Inter de Porto Alegre começou a sua carreira como médio direito mas as experiênicas do professor Muricy Ramalho, actual treinador do São Paulo, levaram-no a descer no terreno chegando à sua posição actual. Mantendo indices exibicionais elevados jogando num sistema 4-4-2 ou num 3-5-2 é muito importante na transposição defesa - ataque da equipa, sendo muitas vezes ele o homem do último passe revelando um enorme acerto nos cruzamentos que efectua. É portanto um jogador que marca pelo cariz ofensivo revelando-se seguro nas tarefas defensivas fazendo bom uso da do seu metro e oitenta e um de altura protegendo bem a bola e lançando-a para a contra - ofensiva.
Élder Granja tem dado nas vistas contribuindo para o actual 3ºlugar do clube no Brasileirão, sendo a par de Rafael Sóbis um dos jogadores que mais interesse tem suscitado nos clubes europeus, caso se venha a verificar esta sua vinda para o velho continente é claramente um jogador a acompanhar com atenção.

Nome: Élder da Silva Granja
Nacionalidade: Brasileiro
Posição: Defesa/Ala Direito
Nacimento: 02-07-1982
Altura: 1,81m / Peso: 73kg
Clube: Internacional de Porto Alegre (BR)

AS

quarta-feira, maio 31, 2006 

La fúria espanhola


Espanha foi, esta temporada, o país do futebol. Um país com duas capitais futebolísticas: Sevilha e Barcelona. A primeira ainda festeja o feito único de um dos clubes locais. O Sevilha Fútbol Club venceu a Taça UEFA, frente ao Middlesbrough, por esclarecedores 4-0, com exibições portentosas de jogadores como Enzo Maresca, Daniel Alves e Jesús Navas.
Falar do Barcelona é falar de futebol espectáculo. Impulsionados pela pura arte de Ronaldinho, a velocidade e veia goleadora de Eto’o e a magia de Deco os blaugrana, foram deixando para trás todos os adversários e na final, embora tenham estado a perder durante largos minutos frente ao digno Arsenal, souberam ser letais e a dez minutos do final viraram o resultado a seu favor.
Mas agora é na selecção que se centram as atenções.
É verdade que a equipa espanhola nunca fez história em Campeonatos do Mundo (o melhor resultado conseguido foi um 4º lugar em 1950), mas Espanha, pela qualidade dos seus atletas, é sempre um adversário temível.
O grupo H, em teoria, será favorável para a equipa de Luis Aragonés. Os advserários na primeira fase serão a Ucrânia Tunísia e Arábia Saudita.
Alguns nomes da lista de convocados espanhola fazem sonhar os apaixonados por bom futebol. Puyol (jogador que ergueu a tão ambicionada Taça da Liga dos Campeões), Cesc Fabregas (grande descoberta de Arséne Wenger), David Villa (goleador do Valência, a apenas um tento do pichichi Eto’o), Fernando Torres (o Il niño do Atlético de Madrid) e Marcos Senna (brasileiro naturalizado espanhol, que foi escolhido em detrimento de Baraja), não quererão, por certo, deixar os créditos por mãos alheias. Luis Aragonés terá uma agradável dor de cabeça para formar o onze inicial, uma vez que as opções são muitas e todas de qualidade insuspeita. A selecção espanhola entra em campo pela primeira vez no Mundial, no dia 14 de Julho, frente à Ucrânia, pelas 14 horas, no Zentrstadion, em Leipzig. A ver vamos se será o início de mais uma frustrante participação ou o começo de uma caminhada memorável.

Eis os 23 eleitos de Luis Aragonés: GR- Iker Casillas (Real Madrid), José Manuel Reina (Liverpool), Santiago Cañizares (Valência); D- Antonio Lopez (Atlético de Madrid), Pablo Ibanez (Atlético de Madrid), Asier Del Horno (Chelsea), Carles Puyol (Barcelona), Juanito (Bétis), Michel Salgado (Real Madrid), Sérgio Ramos (Real Madrid), Carlos Marchena (Valência); M- Cesc Fabregas (Arsenal), Andrés Iniesta (Barcelona), Xavi (Barcelona), Joaquin (Bétis), Xabi Alonso (Liverpool), David Albelda (Valência), Marcos Senna (Villarreal) José Antonio Reyes (Arsenal), Luis Garcia (Liverpool); A- Fernando Torres (Atlético de Madrid), David Villa (Valência), Raúl (Real Madrid)

Onze Golo de Letra: Casillas; Michel Salgado, Sérgio Ramos, Puyol, Del Horno; Xabi Alonso, Fabregas; Reyes, Luis Garcia, David Villa; Torres

Na foto: Fabregas (número 8) e Luis Garcia (número 21), felicitam David Villa (com a bola).

JM

terça-feira, maio 30, 2006 

Estrelas que cintilam – John Mensah


Mais um grande jogador na equipa que Lazlo Bölöni contruiu em Rennes. John Mensah, defesa-central ganês, é um autêntico patrão tanto da defesa do clube francês, como da sua selecção. Forte fisicamente (1,77m e 72 kg), Mensah revela-se quase intransponível não só nos lances aéreos, mas também junto à relva, garantindo grande tranquilidade a toda a equipa.
Com apenas 23 anos John Mensah já tem uma experiência internacional assinalável. Ainda bastante jovem chegou ao Bolonha, mas o clube da Série A italiana emprestou-o ao Bellinzona da Suíça. No ano seguinte, após ter estado presente no Mundial de Sub-20 em que o Gana ficou na segunda posição (perdeu por 3-0 na final frente à Argentina), Mensah foi novamente emprestado, desta feita ao Génova, sendo em 2002 adquirido a título definitivo pelo Chievo Verona. Passou ainda pelo Modena e pelo Cremonese antes de chegar ao Rennes, onde finalmente se pôde afirmar, sobretudo na recta final do Campeonato francês, em que parece ter conquistado Lazlo Bölöni e os adeptos da sua equipa.
Mensah realizou 12 jogos no campeoanato francês, nos quais viu 2 cartões amarelos.
Neste Mundial John Mensah, que envergará a camisola 5, poderá muito bem vir a ser um dos esteios da selecção do Gana. O Campeonato do Mundo é uma grande oportunidade para o jogador se mostrar ao Mundo do futebol e, caso a sua selecção faça uma boa campanha, pode até conseguir o contrato que lhe permita continuar a sustentar os seus pais e realizar o seu sonho: colocar os 5 irmãos a estudar na Europa. Recorde-se que a equipa africana partilha o grupo E com a República Checa, Itália e Estados Unidos da América.

Nome: John Mensah
Nacionalidade: Ganês
Posição: Defesa-Central
Nascimento: 29-11-1982
Altura: 1,77m / Peso: 72 kg
Clube: Rennes

JM

domingo, maio 28, 2006 

Fado nosso


Terminou a campanha portuguesa no campeonato europeu de sub-21 organizado no nosso pais, 3 pontos e apenas um golo não chegaram para levar as aspirações mais além. Depois de uma entrada em falso frente à fortíssima congénere francesa esperava-se um resposta capaz frente à Sérvia e Montenegro, mas apesar do índices exibicionais dos jogadores ter sido genericamente superior à do jogo anterior faltou o golo para mudar um pouco a falta de "sorte" que parecia ensombrar a seleção das quinas, o resultado de 0-2 favorável aos Sérvios foi um balde de água fria que afastava practicamente a nossa seleção da fase seguinte. Pedia-se então à França que batesse a Sérvia e que os jogadores portugueses conseguissem alvejar as redes do guarda-redes alemão por 3 vezes, missão quase impossível portanto. No global foi um jogo difícil, apesar de ter entrado bem no jogo, Portugal não conseguia fazer o golo e os nervos iam aumentando, a França cumpriu a sua parte mas o golo da seleção Lusa só chegou aos 93 minutos com um grande remate de João Moutinho. Golo que teve implicações nas contas do grupo, a Alemanha estava apurada até ai mas com este tento ficavam em desvantagem de golos em relação à Sérvia e Montenegro. Depois de finalmente ter violado as redes de uma equipa neste Europeu, Portugal dispôs de mais 2 boas ocasiões para aumentar a vantagem mas não as concretizou.
Apesar da eliminação o público nunca parou de apoiar os jogadores e a despedida no fim, com todos os adeptos a gritarem Portugal, emocionou os jovens atletas portugueses que deixaram o campo lavados em lágrimas. Chega assim ao fim a carreira de alguns jogadores nos escalões jovens, como são o exemplo de Lourenço, Hugo Almeida ou Ricardo Quaresma, e apesar de neste escalão existirem vários jogadores capazes de chegarem à seleção AA adivinha-se aqui um possível adeus de alguns em definitivo à camisola da seleção das Quinas.
Foi no fundo uma caminha inglória, marcada pela guerra de palavras entre Agostinho Oliveira e Scolari que em nada beneficiou o ambiente no grupo de trabalho que apesar dos constantes comentário relativos à sua união ficou demonstrado nas declarações de alguns jogadores que esta quezilia deixou mossa. Para mais foi notória a falta de ritmo e baixamento de forma de jogadores de quem se esperava muito, Quaresma, Moutinho, Nani, Hugo Almeida ou Manuel Fernandes nunca chegaram a demonstrar o seu real valor, ao que se juntou uma dupla de centrais sem rotina, um Nuno Morais sem capacidade para ocupar a ala esquerda ou Nélson que padece de uma pubalgia, apesar do falhanço é importante realçar o esforço dos jogadores que nunca viraram a cara à luta com expoente máximo em Raúl Meireles e Varela que foram mesmo os elementos mais produtivos de Portugal.
A seleção portuguesa colocou um ponto final na sua participação neste europeu mas ainda se avizinham bons jogos na próxima fase, continuemos então a acompanhar o "nosso" Euro sub-21.

AS

sexta-feira, maio 26, 2006 

Estrelas no banco - Daúto Faquirá


Daúto Faquirá faz parte da nova geração de treinadores. Inteligente, metódico e ambicioso o ex-timoneiro do Estoril transmite aos seus jogadores uma grande vontade de vencer. Os resultados estão à vista. Nas divisões inferiores o treinador de 41 anos já ganhou tudo o que havia para ganhar. Um subida de divisão ao comando do Sintrense (da IIIªDivisão para a IIª), duas pelo Odivelas (dos Distritais até à IIª) e outra subida, desta feita ao leme do Barreirense (da II para a Liga de Honra). Na temporada que agora termina Faquirá assumiu os destinos do Estoril-Praia, porém a grave crise financeira que assolou o clube da Linha ditou a sua saída, numa altura em que ocupava os lugares cimeiros da classificação da Liga de Honra.
Grande conhecedor do mercado interno, quando muda de clube o técnico faz-se quase sempre acompanhar por alguns jogadores da sua confiança. Daúto Faquirá orientou e lançou jogadores que começaram em escalões inferiores e que já conheceram algum sucesso, como são os casos de Vítor Moreno, contratado ao Futebol Benfica e que acompanhou o técnico no Odivelas, Barreirense, Estoril e que hoje actua no Vitória de Guimarães. Malá, ex-jogador do Amora, Odivelas, Beira-Mar e actualmente no Estoril. Dady, avançado contratado ao Aldeonovense e que passou pelo Odivelas e Estoril, representando agora o Belenenses. E Yoni, excelente jogador espanhol adquirido pelo Odivelas ao Elvas e que passou com Fáquirá pelo Estoril, regressando depois ao seu país.
O nome de Daúto Faquirá tem sido amiudadas vezes bafejado para orientar clubes da Liga, porém nunca tal se concretizou. Os grandes palcos chamam por si. A ver vamos quando chegará ao principal escalão do futebol português.

Nome: Daúto Xaharmane Amade Faquirá
Nascimento: 26-12-1965
Naturalidade: Moçambique
Percurso como treinador: Sintrense (de 1997 a 1999) Odivelas (de 1999 a 2003), Barreirense (2003 a 2005) e Estoril (2005)

JM

 

Olhando o futuro – Kaz Patafta


Directamente do país dos cangurus para Portugal, chegou em Janeiro passado um jovem jogador de grande qualidade. O seu nome? Kaz Patafta.
O camisola 10 e capitão da selecção de sub-17 da Austrália deu nas vistas no Campeonato do Mundo dessa categoria, que se realizou no Perú no ano passado. O Benfica foi célere a antecipar-se a vários pretendentes e garantiu a sua contratação.
Os primeiros tempos no nosso país não foram fáceis, todavia, após ultrapassados alguns problemas burocráticos que impediam a sua utilização, Patafta pôde finalmente mostrar os seus atributos.
Apesar do aspecto franzino, Kaz Patafta é um futebolista de enorme potencial. Atrás do ponta-de-lança ou descaído para os flancos o australiano dá largas a toda a sua técnica, criatividade e visão de jogo, parecendo ter uma bússola no pé esquerdo, tal a precisão de passe que revela. Os lances de bola parada são também uma especialidade deste talentoso jogador.
Com a camisola do Benfica e apesar de ter realizado poucos jogos num futebol a que ainda não se adaptou completamente, Patafta logrou marcar um golo, na última jornada do Campeonato Nacional de Juniores, frente ao Estrela da Amadora.
Pelas suas características Patafta será o sucessor natural de Harry Kewell na selecção australiana. Aliás, o actual seleccionador dos socceroos, Guus Hiddink, mostrou ser um grande apreciador das qualidades do jovem Kaz, chamando-o para integrar o estágio da Austrália, tendo em vista o Mudial 2006.
É de esperar que na próxima temporada, quando a sua adaptação à Europa estiver consumada, Kaz Patafta possa mostrar em Portugal toda a magia do seu futebol.

Nome: Kaz Patafta
Nacionalidade: Australiana
Posição: Médio de ataque
Nascimento: 28-10-1988
Altura: 1,72m
Clube: Benfica


JM & AS

 

Rui Costa regressa


Acabou finalmente a novela com maior longevidade da história do futebol português, Rui Costa regressa enfim ao SL Benfica.
Apesar de ter cumprido apenas 3 épocas como profissional do clube, Rui deixou no seio dos benfiquistas grande saudade, em 1994 viviam-se tempos de crise na Luz e o presidente Damásio viu-se obrigado a vender um dos seus mais preciosos activos. A Fiorentina demonstrou interesse e pela quantia de 1,2 milhões de contos levou o maestro. Durante as 7 épocas em que representou o clube de Florença não ganhou muitos titulos, apenas duas taças de Itália. Apesar disso conseguiu conquistar o prémio de melhor número 10 a actuar no país em 2000. Desde o primeiro dia em que saiu do Benfica se falava do seu regresso, quando a Fiorentina declarou falência essa hipótese tomou contornos muito fortes, mas Rui Costa decidiu continuar a sua carreira no país, mais propriamente em Milão onde se afirmou totalmente como um dos melhores 10 do mundo, conquistando pelo meio uma Taça de Itália,uma Liga dos Campeões,uma Supertaça de Itália, um Campeonato e uma Supertaça Europeia. Sempre visto como um grande profissional e um grande homem deixou em 2004 a seleção nacional convicto de que o seu contributo já não seria tão importante. A sua carreira parecia entrar claramente numa curva descendente, afastado da seleção e suplente de Kaká no Milan desde a chegada do brasileiro ao clube, decidiu então esta semana pôr fim ao seu contrato com o clube transalpino, assim estavam escancaradas as portas de regresso ao Benfica.
Acabada esta novela escrevem-se linhas para uma nova estória. Será Rui Costa capaz de alcançar o sucesso que os adeptos esperam? Apesar de já não ter a frescura física de um miúdo de 20 anos e de se pensar que o seu rendimento possa ser afectado pela falta de motivação face ao sucesso da sua carreira, é importante realçar que raramente sofreu lesões, relembrando que a sua posição não será das mais desgastantes e com a experiência do jogador e com gestão de esforço poderá ser muito importante nesta época que está a caminho. Não podemos esquecer ainda que Rui Costa é um jogador com uma visão de jogo fantástica, apesar de não marcar muitos golos é muito importante pelo número de assistências que faz. Para além de todas as características futebolísticas do jogador que dispensam apresentações temos a importância que terá no balneário e o factor marketing. É sabido que o salário que vai auferir não será muito baixo, mas é um facto que o Benfica é único clube em Portugal capaz de cobrir parte das contas dos ordenados com as camisolas que vende, e com certeza que o número de vendas de camisolas com o nome de Rui Costa estampado serão um sucesso.
As dúvidas quanto à utilidade de Rui Costa para o Benfica só serão dissipadas no arranque da temporada de 2006/2007, goste-se ou não, é importante para a nossa liga ter jogadores desta craveira.

AS

quinta-feira, maio 25, 2006 

Olhando o futuro- Lenny


Depois de darem a conhecer ao mundo jovens talentos como Roger, Carlos Alberto ou Diego Souza, as escolas do Fluminense voltam a dar frutos, Lenny é o próximo nome a reter. Actual artilheiro do clube, é o protótipo do avançado centro brasileiro. É um jogador muito rápido e dono de uma técnica individual acima da média e que apesar de não ser um matador demonstra um bom sentido de baliza, como comprovam os 7 golos que leva no Brasileirão. O actual dono da camisa 7 do Flu, como qualquer artista, gosta de jogar solto na frente. Arrancando de trás, olhando os adversários de frente, é muito dificil de parar, é notável a coragem com que o pequeno Lenny encara os adversários, ziguezagueando pelos defesas, ultrapassando-os com rápidas fintas de corpo, inventando jogadas capazes de levantar o estádio.
Com apenas 18 anos é já um caso sério de talento no Brasileirão, tem um auspicioso futuro pela frente, vamos então esperar.

Nome: Lenny Fernandes Coelho
Nacionalidade: Brasileira
Posição: Avançado
Nascimento: 23/03/88
Altura: 1m71 / Peso: 68kg
Clube: Fluminense

AS

 

Olhando o futuro – Jimmy Briand


O avançado de 20 anos fica conhecido por cá por ter uma certa apetência para marcar golos a Portugal. Foi assim no ano passado, na final do Torneio de Toulon 2005, em que a França venceu Portugal (4-1), com um dos golos a ser marcado por Briand e foi assim este ano, quando o atacante gaulês ganhou de cabeça a Rolando e ditou a derrota de Portugal no jogo inaugural do Euro 2006 de Sub-21.
No entanto Jimmy Briand já tinha dado nas vistas ao longo desta época, no principal campeonato francês.
Lazlo Bölöni tem em Briand mais uma pérola para lapidar, na bela equipa do Rennes que está a construír.
Jimmy Briand tem na rapidez uma das suas principais armas. Em velocidade o novo Henry, como já é apelidado em França, causa enormes problemas às defensivas contrárias. O avançado descai amiúde para os flancos, criando espaços nas suas costas, para que os seus companheiros entrem vindos de trás. O seu jogo de cabeça –como se viu no golo marcado a Portugal- faz também parte do seu leque de atributos. O jovem Briand só terá a aprender junto do técnico romeno e ao lado dos seus companheiros de ataque: John Utaka, Alexander Frei e Olivier Monterrubio.
Esta época Jimmy Briand efectuou 29 jogos na Ligue 1 francesa (11 a titular e 18 como suplente utilzado), marcando 3 golos, frente ao Estrasburgo, 11ª e 29ª jornadas, e Le Mans, 21ª jornada.

Nome: Jimmy Briand
Nacionalidade: Francesa
Posição: Avançado
Nascimento: 02-08-1985
Altura: 1,80m / Peso: 80 kg
Clube: Rennes

JM

quarta-feira, maio 24, 2006 

Emoção até final – IIª Divisão, série D


A reformulação dos quadros competitivos, que teve lugar na época que agora terminou, prejudicou essencialmente o Campeonato Nacional da IIª Divisão. Das quatro séries que compõem esta prova, apenas duas equipas teriam oportunidade de subir de divisão, não bastando para isso ganhar a respectiva série.
Trofense e Olivais e Moscavide são os clubes que para o ano pontificarão na Liga de Honra.
A série D foi a mais disputada das quatro séries. Na última jornada eram ainda três as equipas (Olivais e Moscavide, Louletano e Operário) com possibilidades de alcançar o primeiro posto. A sorte acabou por sorrir aos lisboetas, no entanto não se pode apontar um vencedor justo desta série. Analisemos o percurso dos 6 primeiros classificados:

OLIVAIS E MOSCAVIDE: Depois de uma primeira volta titubeante, perdendo muitos pontos em casa, o Olivais e Moscavide, do técnico Rui Dias, estabilizou e foi espreitando o topo. Jogadores como Duarte Machado (ex-Casa Pia), Nuno Abreu (ex-Benfica e Pinhalnovense), Eduardo Simões (ex-Benfica), Pedro Hipólito (ex-Benfica e Amora), Filipe Falardo (ex-Benfica e Alverca), Miguel Veloso (emprestado pelo Sporting), Mawete Jr. (ex-Benfica), Jorge Tavares (emprestado pelo Belenenses), Mauro Bastos (ex-Barreirense e Gil Vicente), Carlos Saleiro (ex-Sporting), protagonizaram uma boa recuperação e, mesmo não encantando, aproveitaram da melhor forma os pontos perdidos pelos outros clubes.
No play-off de apuramento a turma da zona oriental de Lisboa venceu no Campo Alfredo Marques Augusto a Oliveirense por 1-0 e foi a Oliveira de Azeméis empatar 2-2, garantindo a presença na Liga de Honra na época 2006/2007.

LOULETANO: Os algarvios lideraram grande parte da prova. Porém uma quebra na recta final, com uma onda de lesões a assolar o plantel algarvio, impossibilitou a qualificação para o play-off de apuramento. A equipa de Jorge Portela, que conta com bons jogadores nas suas fileiras, casos de Jorge Soares (ex-Benfica e Marítimo), Fausto Lúcio (Benfica B), Pintinho (ex-Paços de Ferreira), Brito (ex-Leixões) e Clemente (cobiçado por várias equipas), podia mesmo ter chegado ao topo da classificação, porém, na derradeira jornada, foi derrotada em pleno Estádio Algarve pelo Odivelas, dizendo adeus ao sonho.

PINHALNOVENSE: Paco Fortes não começou bem a época e saiu. Vítor Urbano sucedeu ao catalão, esboçou uma reacção, contudo acabou por bater com a porta. Nuno Palma foi o homem que se seguiu e conduziu a formação de Pinhalnovo até ao 3º lugar final. Uma segunda volta fantástica permitiu ao emblema da margem sul ir somando pontos e aproximar-se dos lugares cimeiros. Carlos Miguel, Cao, Miguel Bruno e Rui Gomes foram jogadores assaz importantes para a recuperação.

OPERÁRIO: Os açorianos, guiados pelos golos do ponta-de-lança brasileiro Júlio César terminaram o campeonato em 4º lugar. A formação de Francisco Agatão partiu para a última jornada ainda com possibilidades de alcançar o cume da tabela classificativa, porém os insulares perderam duplamente no derradeiro embate. Em Pinhal Novo, a derrota por 2-1 ditou, não só a impossibilidade de chegar ao play-off, mas também a entrega do último lugar do pódio nas mãos do Pinhalnovense.

MADALENA: Verdadeiramente impressionante o desempenho desta equipa açoriana no seu terreno. Em 15 jogos realizados no Campo Municipal da Madalena, com piso sintético, os picarotos venceram em 13 ocasiões e apenas cederam dois empates (diante do Mafra, à 17ª jornada e Operário, à 24ª jornada). Esta campanha caseira valeu aos insulares um óptimo 5º lugar na tabela.

ODIVELAS: Os odivelenses são outro caso de uma boa recuperação. Após a saída de Francisco Barão, à 3ª jornada, Rui Gregório assumiu o leme da formação rubro-negra e o percurso foi sempre a subir. Uma série de seis jogos sem perder foi colocando a equipa do Odivelas a escassos pontos do 1º lugar. Mas, a três jornadas do final da competição, uma derrota em Albufeira deitou por terra as aspirações da equipa. Todavia os odivelenses teriam ainda uma importante palavra a dizer, uma vez que enfrentariam os dois primeiros classificados. À 29ª jornada o Olivais e Moscavide visitou o Estádio Arnaldo Dias e foi com muitas dificuldades que saiu de Odivelas com um lisonjeiro empate a uma bola. Depois, na última ronda, o Odivelas visitou o Estádio Algarve, vencendo o Louletano por 1-0 e ditando o apuramento dos lisboetas para o play-off.

Na foto: Filipe Falardo (Ol.Moscavide), Osório e Mourato (Odivelas)

JM

terça-feira, maio 23, 2006 

Análise: Portugal X França Sub21


Não demorou muito para que os adeptos portugueses descessem à Terra, depois de todas as expectativas criadas sobre a participação da nossa seleção no Europeu da categoria de sub-21 realizado no nosso país. Apesar de toda a confiança transmitida por Agostinho Oliveira e pelos seus jogadores era preciso não esquecer que do outro lado estava uma equipa forte com argumentos para a vitória final neste Euro 2006. Portugal entrou em campo com os jogadores dispostos na sua táctica habitual, o 4-3-2-1, esperando-se que o meio campo constituído por Raúl Meireles, Manuel Fernandes e João Moutinho pegasse no jogo e que pudesse então construir jogo para os 3 homens da frente, Quaresma aberto sobre a esquerda, Nani sobre a direita e Hugo Almeida colocado em cunha entre os centrais. Do outro lado tínhamos uma França com um grupo de jogadores desconhecidos para a maioria dos adeptos portugueses, mas rapidamente se percebeu a razão da ausência de Diarra (jogador do Chelsea de José Mourinho) e Flamini (jogador do Arsenal de Inglaterra) do 11 inicial. Durante a primeira parte a nossa seleção sofreu uma intensa pressão por parte dos franceses, assentados numa defesa muito segura com especial realce para o lateral esquerdo Berthod que "secou" completamente Quaresma ou mesmo Nani e desta forma fez esquecer o lesionado Clichy habitual titular na sua posição, conduzidos por um fortissímo tridente a meio campo onde pontifica o capitão Mavuba, que, diga-se, fez uma excelente exibição recuperando imensas bolas tentando de imediato criar situações de ataque, muito bem apoiado por Gourcuff, jogador apontado como o sucessor de Zidane, que fez um jogo um pouco mais discreto que os seus colegas de meio campo e Toulalan fechando mais à esquerda pautou a sua exibição pela positiva nunca complicando o jogo. Na frente 3 homens, Faubert actuando na faixa direita mostrou ser dono de uma técnica individual assinalável fazendo a cabeça em água a Nuno Morais, este que não sendo um defesa esquerdo de raiz fez, apesar de tudo, uma exibição positiva, Pongolle sobre a esquerda esteve muito em jogo, criou algumas situações embraçosas para a defesa nacional, com destaque para duas iniciativas, na primeira aos 29' cruzou para o segundo poste onde Faubert desferiu um remate fortíssimo cortado na linha por Rolando. Já aos 33' escapou a Nélson e fez a bola embater com estrondo num dos postes da baliza defendida por Bruno Vale. Apesar de ter marcado o golo num cabeceamento a meias com Rolando, Briand esteve um pouco apagado, mesmo assim foi possível descortinar pormenores de qualidade deste jogador do Rennes de França.
Na primeira parte Portugal raramente conseguiu sacudir a pressão exercida pelo meio campo francês e só as 16' minutos num livre surpresa marcado por Ricardo Quaresma conseguiu levar perigo à baliza de Mandanda.
Já na segunda parte com a entrada de Varela para o lugar de Manuel Fernandes, muito apagado diga-se, a seleção das quinas apareceu mais afoita e liberta, mas apesar de tudo continuou a bombear bolas longas para Hugo Almeida que não tinha tarefa fácil, muito pressionado pelos centrais Bourillon e Jacques Faty. As jogadas individuais pareciam a única solução para a ofensiva portuguesa e aos 55' numa dessas jogadas Varela pôs à prova os reflexos de Mandanda. A jogada de maior perigo surgiu aos 60' quando Quaresma tem uma boa iniciativa na direita e cruza muito bem para a área onde Hugo Almeida ganha muito bem aos centrais, mas o seu cabeceamento sai por cima. As entradas de Diogo Valente e Lourenço trouxeram pouco ao jogo e até ao fim sucederam-se cruzamentos sem destinatário e as mesmas bolas bombeadas para os avançados.
Em suma, foi uma exibição um pouco apagada de Portugal que nunca conseguiu pegar no jogo parecendo um pouco surpresa pela atitude e maturidade táctica da seleção gaulesa.

AS

segunda-feira, maio 22, 2006 

O Marfim pode brilhar


Mergulhada em graves crises políticas a população da Costa do Marfim –cerca de 15 milhões de habitantes- esquece os problemas que enfrenta diariamente quando a sua selecção entra em campo. Equipada em tons garridos, onde predomina o laranja e o verde da sua bandeira, a equipa costa marfinense apresenta um futebol também ele muito alegre.
Henri Michel lidera a única selecção presente no Mundial que não conta com nenhum atleta a jogar no seu próprio país. Grande parte dos jogadores actuaram no ASEC Abidjan, clube da capital costa marfinense, só depois dando o salto para a Europa. O país de chegada foi muitas vezes a Bélgica, onde o Beveren acolhia os futebolistas e os preparava para o futebol europeu. Neste momento os elefantes têm a maioria dos seus 23 convocados a jogar em França.
Recentemente a Costa do Marfim chegou até à final da CAN, saindo apenas derrotada na final pelo anfitrião Egipto. Desta feita, inserida no Grupo C, na companhia de Argentina, Sérvia e Montenegro e Holanda, a tarefa parece não ser nada fácil. Mas jogadores como Jean-Jacques Tizié, Eboué, Kolo Touré, Domoraud, Boka, Fae, Zokora, Yaya Touré, Didier Drogba, Aruna Dindane e Bonaventure Kalou, entre outros nomes emergentes no panorama futebolístico mundial, estão prontos para dar um ar da sua graça. Neste Campeonato do Mundo a Costa do Marfim pode muito bem vir ser a revelação africana.
Eis os 23 seleccionados da Costa do Marfim: GR- Jean-Jacques Tizié (Esperance Tunis), Copa (Beveren) e Gnanhouan (Montpellier); D- Domoraud (Créteil), Kouassi (Troyes), Méite (Marselha), Arthur Boka (Estrasburgo), Kolo Touré (Arsenal), Emmanuel Eboué (Arsenal), Marc Zoro (Messina); M- Didier Zokora (Saint-Etienne), Emerse Fae (Nantes), Kanga Akalé (Auxerre), Ndri Koffi (Le Mans), Yaya Touré (Olympiakos), Yapi Yapo (Young Boys), Guy Demel (Hamburgo); A- Bakari Koné (Nice), Didier Drogba (Chelsea), Arouna Koné (PSV), Bonaventure Kalou (PSG), Abdoul Keita (Lille), Aruna Dindane (Lens)

JM

domingo, maio 21, 2006 

Candidatos há muitos


Aproxima-se a passos largos a data de início da mais importante prova futebolística, o ponto alto da carreira de qualquer jogador, a participação num campeonato do mundo. Todo e qualquer jogador por muito cansado que esteja da longa época que atravessou veste a camisola do esforço e dedicação para honrar as cores do seu país e mostrar também a sua qualidade enquanto jogador.
O futebol torna-se cada vez mais um desporto imprevisível, daí a sua beleza, assim torna-se cada vez mais difícil afirmar com certezas quem sairá vencedor a cada jogo. Apesar disso é fácil definir um candidato à vitória final nesta prova, sempre um patamar à frente das restantes seleções temos o Brasil. De facto contam-se pelos dedos as ocasiões em que o Brasil tenha partido tão favorito para um mundial como este, com uma equipa cada vez mais equilibrada a seleção canarinha conta com o seu "Quadrado Mágico" no meio campo constituído por Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho e com uma dupla de ataque demolidora, Ronaldo e Adriano, para levar as suas intenções avante.
Noutro patamar encontramos 7 seleções que aspiram também a levar o troféu para casa. A Alemanha que vive um período de revolução na sua seleção aposta forte na competição querendo demonstrar aos seus adeptos que renasceu das cinzas. A sempre forte e astuta Itália conta com um grupo de jogadores de créditos firmados e que se conhecem bem. A Argentina revela todo o perfume do futebol sul-americano e aposta forte na juventude que Pekerman ajudou a formar com expoente máximo em Riquelme, que tenta aqui afirmar-se totalmente como um jogador de top mundial. A azarada Espanha que nunca subiu ao pódio desta prova vê agora as suas aspirações muito elevadas com um conjunto de jogadores fortíssimo, jogando todos eles a alto nível. A Holanda dona do futebol total deixou jogadores como Seedorf, Makay ou Davids e conta com um conjunto de jogadores jovens fortemente identificados com o modelo de jogo vigente em todos os níveis de formação do futebol holandês. A França pretende então limpar a má imagem deixada nas últimas grandes competições a nível de seleção sénior, como figura central temos Zidane que faz aqui a sua ultima aparição com a camisola tricolor, e, por último, Portugal, conta com jogadores fixados em vários clubes de top mundial aspirando portanto a uma participação forte e consistente de forma a levar mais longe a voz do nosso povo.
Mas atenção, existem várias seleções que poderão surpreender, são os casos da Repúbluca Checa, a Costa do Marfim, Inglaterra ou Suécia, são, portanto, formações a ter em conta.
Será este um Campeonato do Mundo das surpresas ou das grandes seleções?

AS

sábado, maio 20, 2006 

Craques fora de jogo


A menos de um mês do Campeonato do Mundo de Futebol, os corações de milhões de adeptos espalhados por todo o globo já batem mais forte. Os sonhos, as fantasias, os desejos estão todos centrados num só objectivo, num só gesto: levantar a Taça no final da competição.
O sucesso da missão confiada pelo povo está agora sobre os ombros dos 736 jogadores, convocados pelas 32 selecções presentes no certame. Estes atletas terão a excepcional oportunidade de representar os seus países neste autêntico banquete futebolístico, de colorido tão sublime. Mas se há jogadores no topo do mundo, a viver o sonho de participar no Mundial, há também aqueles que viram o chão fugir-lhe debaixo dos pés no dia em que o seleccionador anunciou a lista dos eleitos.
As palavras do argentino Demichelis (na foto), preterido por Jose Pekerman na convocatória final dos azuis celeste, são possivelmente aquelas que melhor ilustram a desilusão de ficar de fora do torneio: «Não perdi apenas a vontade de jogar, perdi a vontade de viver».
Foram muitos os futebolistas de craveira a viver idêntica decepção. Nomes como Dudek (Polónia), Javier Zanetti e Walter Samuel (Argentina), Roque Júnior, Belletti (Brasil), Owomoyela, Kurany (Alemanha), Seedorf, Huntelaar (Holanda), Tonel, Quaresma (Portugal), Ledley King, Jermain Defoe (Inglaterra), Benachour (Tunísia), Morientes, Vicente (Espanha), Ludovic Giuly e Gouvou (França) fariam certamente um equipa fortíssima, porém são alguns dos craques que não poderão exibir os seus dotes entre os dias 9 de Junho e 9 de Julho. As opções foram dos seleccionadores. Com razão ou não? O tempo será célere a dar a resposta.

JM

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  • Blogue mantido por António Simas e João Miranda, participação especial de João Campos
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