Fado nosso
Terminou a campanha portuguesa no campeonato europeu de sub-21 organizado no nosso pais, 3 pontos e apenas um golo não chegaram para levar as aspirações mais além. Depois de uma entrada em falso frente à fortíssima congénere francesa esperava-se um resposta capaz frente à Sérvia e Montenegro, mas apesar do índices exibicionais dos jogadores ter sido genericamente superior à do jogo anterior faltou o golo para mudar um pouco a falta de "sorte" que parecia ensombrar a seleção das quinas, o resultado de 0-2 favorável aos Sérvios foi um balde de água fria que afastava practicamente a nossa seleção da fase seguinte. Pedia-se então à França que batesse a Sérvia e que os jogadores portugueses conseguissem alvejar as redes do guarda-redes alemão por 3 vezes, missão quase impossível portanto. No global foi um jogo difícil, apesar de ter entrado bem no jogo, Portugal não conseguia fazer o golo e os nervos iam aumentando, a França cumpriu a sua parte mas o golo da seleção Lusa só chegou aos 93 minutos com um grande remate de João Moutinho. Golo que teve implicações nas contas do grupo, a Alemanha estava apurada até ai mas com este tento ficavam em desvantagem de golos em relação à Sérvia e Montenegro. Depois de finalmente ter violado as redes de uma equipa neste Europeu, Portugal dispôs de mais 2 boas ocasiões para aumentar a vantagem mas não as concretizou.
Apesar da eliminação o público nunca parou de apoiar os jogadores e a despedida no fim, com todos os adeptos a gritarem Portugal, emocionou os jovens atletas portugueses que deixaram o campo lavados em lágrimas. Chega assim ao fim a carreira de alguns jogadores nos escalões jovens, como são o exemplo de Lourenço, Hugo Almeida ou Ricardo Quaresma, e apesar de neste escalão existirem vários jogadores capazes de chegarem à seleção AA adivinha-se aqui um possível adeus de alguns em definitivo à camisola da seleção das Quinas.
Foi no fundo uma caminha inglória, marcada pela guerra de palavras entre Agostinho Oliveira e Scolari que em nada beneficiou o ambiente no grupo de trabalho que apesar dos constantes comentário relativos à sua união ficou demonstrado nas declarações de alguns jogadores que esta quezilia deixou mossa. Para mais foi notória a falta de ritmo e baixamento de forma de jogadores de quem se esperava muito, Quaresma, Moutinho, Nani, Hugo Almeida ou Manuel Fernandes nunca chegaram a demonstrar o seu real valor, ao que se juntou uma dupla de centrais sem rotina, um Nuno Morais sem capacidade para ocupar a ala esquerda ou Nélson que padece de uma pubalgia, apesar do falhanço é importante realçar o esforço dos jogadores que nunca viraram a cara à luta com expoente máximo em Raúl Meireles e Varela que foram mesmo os elementos mais produtivos de Portugal.
A seleção portuguesa colocou um ponto final na sua participação neste europeu mas ainda se avizinham bons jogos na próxima fase, continuemos então a acompanhar o "nosso" Euro sub-21.
AS